O tema é o polêmico uso do aspirado de gordura microfragmentada do próprio corpo para tratamento de lesões da cartilagem do joelho (Lipogems®️), que é um dos tratamentos ortobiológicos que tem sido amplamente divulgados no nosso meio.
Finalmente estamos diante de um tratamento com resultados realmente promissores ou um modismo de resultados inflados?
Vamos discorrer…
A teoria que está por trás desse tratamento é bastante interessante uma vez que as células de gordura apresentam abundância grande das chamadas células mesenquimais. Segundo estudos em laboratório, essas células tem o potencial de se diferenciar (transformar) em outras células do corpo, como células de cartilagem (condrócitos). Além disso, essas células parecem modular a resposta inflamatória do corpo, o que em teoria também poderia contribuir para não somente melhorar a dor, como também potencializar a resposta de reparação para o organismo.
Ou seja, em teoria conforme sugerem estudos de laboratório, esse parece ser um tratamento promissor para o tão temido desgaste da cartilagem do joelho.
Aspirado de gordura na cartilagem do joelho
Agora vamos entender um pouco mais sobre ele:
Esse tratamento consiste em submeter a gordura abdominal obtida através de lipoaspiração (procedimento minimamente invasivo), a um sistema fechado que utiliza um cilindro de baixa pressão (mais comum é o Lipogems®️) que vai lavar e processar a gordura.
Dessa forma, a gordura é separada de sangue e outros resíduos o que a deixa com alta concentração das células mesenquimais (a que falamos acima). Feito isso, no mesmo procedimento, esse concentrado é aplicado dentro do joelho, como qualquer outro procedimento de infiltração.
Esse aspirado de gordura vai virar de fato células de cartilagem quando infiltrado no joelho? Elas realmente são células tronco com potencial de recuperar a cartilagem hialina normal do joelho?
Certamente, nossa torcida é que surjam tratamentos com resultados assim.
Infelizmente, apesar da teoria que falamos acima, esse potencial das células mesenquimais se transformarem em células de cartilagem parece se limitar aos testes de laboratório.
Por hora não há nenhuma comprovação científica que esse (ou outros) tratamentos ortobiológicos possam restituir a cartilagem do joelho.
Eles parece sim ativar fatores que melhoram a dor e inflamação dos pacientes, como é o caso de muitos outros tratamentos que já são feitos.
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